Rombo na Saúde já passou de R$ 1 Milhão
O decreto de exoneração da servidora municipal que teria desviado dinheiro do SUS, foi assinado hoje pelo prefeito de Maringá, Silvio Barros. Juntamente com o Ministério Público e Polícia Federal, o procedimento administrativo aberto o ano passado, deve apurar a responsabilidade da clínica onde a funcionária trabalhava, o rombo foi de R$ 1,028 milhão.
Segundo o procurador geral do município que concluiu o processo, Luiz Carlos Manzato, o valor desviado chega a R$ 1.028.000,00. A servidora trabalhava na Secretaria de Saúde desde de 1994, e há pouco mais de seis meses – a partir de uma suspeita levantada por outro funcionário – foi aberta a sindicância para avaliar o caso.
O montante desviado faz parte de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), destinado para realização de exames clínicos e laboratoriais.
O caso agora foi encaminhado pela Prefeitura de Maringá para investigação da Polícia Federal, Ivanete Thomas Candido será indiciada e vai responder pelos crimes corrupção ativa, desvio de dinheiro público, apropriação indébita e falsidade ideológica.
Como funcionava o esquema
De acordo com a denúncia, a funcionária de carreira cumpria duas funções dentro da Secretaria da Saúde, além de trabalhar na clínica com expedição de guias para exames médicos, sendo também responsável pelo relatório de pagamentos pelo SUS. Para facilitar os desvios, aumentava o número de guias, mas os procedimentos não eram realizados. Na hora de gerar o relatório final para liberar o pagamento dos procedimentos, eram incluídos os números número das guias e não os de exames realizados. Dessa forma o dinheiro não utilizado era transferido pela própria funcionária.
As investigações começaram no momento em que um servidor da Secretaria de Saúde desconfiou do alto número de guias expedidas, apesar de continuarem no mesmo patamar, os números dos exames realizados mensalmente.
